segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Ao homem que veio de longe - [Soneto Decassílabo]


Ao homem que veio de longe...

Vieste do além mar, arrebatado,
fizeste-me florir nos versos teus
e a cada meu vazio, inabitado,
caíste superior, talvez um Zeus!

Deixaste em cada porto, encantado,
um coração em dor, tal qual o meu
e a cada linda aurora, um ser amado,
se fez perdido ao beijo quase ateu!

Deitada pelo chão - loquaz sereia -
cantei por todo amor, em elegia,
sozinha a te sonhar na quente areia...

Agora, vieste a mim, a naufragar
no verde dos meus olhos – que ironia,
o comandante ao mar não quer voltar!

Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Cabo Frio, 16 de setembro de 2009 – 23h26

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