domingo, 31 de janeiro de 2010

Eu e teu eu [Soneto Alexandrino]

Eu e teu eu

Se não me importa nunca o teu viver cigano,
revolves meu passado, engessas meus caminhos.
Se me transmuto em luz, buscando-nos sozinhos,
no meu lazer de paz, provocas-me profano!

Se apaixonada e bela o teu furor engano,
contestas por rugido ao adular de vinhos.
Se te deleito em som, cobrindo-te de arminhos,
à minha devoção revelas vil insano!

Se não me sei em ti, nem mais me sei sozinha...
Se não me tens em ti, em teus lençóis não deito;
se não me tens amor, não mais te quero abrigo!

Vulcão em dor-jasmim, sombria o verso aninha...
Se em sonhos amanhei vestal que chora ao leito,
o meu orgulho é vão... sou nada... e em ti prossigo!
Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Fundo musical: Como é grande o meu amor por você. Instrumental

Nenhum comentário:

Postar um comentário