terça-feira, 20 de julho de 2010

Resvalo à tua boca e morro em doces ais...


Resvalo à tua boca - uma alvorada quente...
Explícito convite – inferno ou paraíso?
Do além viceja o amor e à luz do sol poente,
sem brio e sem desdita, enfim perco meu siso!
 
Resvalo à tua boca - uma alvorada quente...
És lábio mansidão – desenho o teu sorriso?
Elíptica e voraz, tem forma de serpente,
a língua que me dás em som tão impreciso!
Remexo o coração, persisto em tal momento,
fecundas meu pecado e agouro em ti um santo...
Blasfêmia em oração, prazer e alimento!
Então, depois de aceita ao mundo dos desejos,
perfumo enlouquecida a cama e sou-te encanto...
Derrubas-me aos lençóis... e morro a tantos beijos!
 
Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Rio de Janeiro, 4 de julho de 2010 – 17h05

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