domingo, 20 de janeiro de 2013

Fetiche [Soneto Alexandrino]






Fetiche


Vidraça de cristal... nublado e triste ocaso...
as ruas sem ninguém expandem a cidade.
Relâmpagos cruéis atiçam por acaso
a chuva, o vento, o céu... O Mundo é insanidade!


Vidraça de cristal... nublado e triste ocaso...
há lenda nessa noite e muita autoridade.
U’a página calada invade meu Parnaso
e os raios vêm de Zeus... Tão ímpia essa vaidade!


Em peito beija-flor rechaço a vil tristeza
e ao compassar da chuva invoco o deus amante.
Do medo faço verso e rimo tal grandeza.

O tempo cadenciado enfeita o pensamento
e ao som da tempestade - um sonho extravagante -
solfejo u’a serenata em fero arroubamento!...

Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Rio de Janeiro, 14 de novembro de 2012 – 13h39

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