domingo, 20 de janeiro de 2013

Solitude [Soneto Alexandrino]

Solitude
Restou-me a solitude... o coração domado...
o pensamento é noite em paz enluarada.
Um tom de flor flameja e faz-me namorada
do céu, do amor, da luz... saudades do passado.
Restou-me a solitude... o coração domado...
o verso doido inflama a antemanhã calada.
Meus passos quase nus assentam pela estrada
sem mal, sem par, sem dor... sem vícios lado a lado.
Bem sei por onde sigo e junto à passarada
sibilo cada som ao dom que tanto almejo.
O pensamento é noite em paz enluarada...
Nas ribas do futuro encontro o bem-amado
e à dança desta insônia encanto meu desejo.
Restou-me a solitude... o coração domado...
Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Rio de Janeiro, 11 de novembro de 2012 – 2h13
Fundo musical: Ernesto Cortazar. Solitude

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