quinta-feira, 8 de julho de 2010

Insânia incauta insânia




Insânia incantua insânia
 
Desvendo-me ao pecado original vaidade,
recito meu desejo em beijos sem arreios,
sou dama em ti fugaz - requebro à vil saudade,
és tudo num momento - és luz em galanteios!

As asas do teu corpo ensinam-me maldade,
em belo esvoaçar provocas meus anseios,
sou freira e sou rameira - em ti ambiguidade,
és deus e iniquidade - ao suco dos meus seios!

Delírio... incauto algoz ressurges do inferno...
Ao dom de um só abraço ensandecido és louco,
és anjo, és meu satã - esquentas-me ao inverno!

Delírio... esse furor, esse fullgás feitiço...
És gosto depravado em grito quase rouco
e à paz da minha vida – um tom de rebuliço!


Rio de Janeiro, 7 de junho de 2010 – 15h52

Nenhum comentário:

Postar um comentário