domingo, 19 de julho de 2009

Perdas

Bolhinhas de sabão, o vento está tão forte!
Vai levá-las prá longe, distante do além.
Bolhinhas de sabão, como eu não tenho sorte!
Vocês estão levando os meus sonhos também...

Se todas vão partindo em busca de aventura,
de novas coisas belas, mundos mais risonhos,
de que me vale tudo? Somente a desventura
já chora de tristeza ao me roubarem sonhos...

Bolhinhas de sabão, bolhinhas de sabão!..
Já não me escutam mais. Partiram na ilusão,
tal qual num dia, há tempos, eu também parti...

Mas, tudo era tão triste e eu pude regressar...
Bolhinhas de sabão!!! É tarde. Vão-se estourar,
evaporando os sonhos que jamais vivi!


Meus primeiros versos alexandrinos, aos dezesseis anos de idade.
Sílvia Mota.
Piquete.

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