terça-feira, 3 de julho de 2012

Insurreição [Soneto Alexandrino]

À solicitação de Efigênia Coutinho - AVSPE
Insurreição
Floresce um novo canto e sobre o oceano
caminha um ser de luz, assaz intuitivo.
Nascido de um prodígio expira ao desengano
de quem não quer fidúcia e amor emulativo.
Poente sepulcral de triste e vil engano,
melancoliza o tom de violeta vivo.
Mas eis que de repente o corpo arreda o pano
e a chaga posta à mão estende o redivivo.
A fêmea mais parece um avejão arcado,
que ao carvalhal sagrou sua fé incoercível.
Descerra o véu em dor, olhar sobressaltado.
No cimo do pecado, eterno som de hiena
regride e ameaçador pergunta à imarcescível:
- Quem és? Responde o além: - Maria Madalena!
Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Rio de Janeiro, 26 de março de 2012 – 22h22
Fundo musical: Bidu Sayão. Bachiana nº 5. Cantilena.

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