terça-feira, 3 de julho de 2012

“Certeza podes ter de que não fujo... pede!”

 
 
“Certeza podes ter de que não fujo... pede!”
 
 
 
Aos ventos de um pedido escuto o teu recado
idílico e charmoso. Affaire que não tem preço...
O corpo, audaz vulcão, revolve apaixonado
e loucamente implora o beijo que mereço.
 
 
 
Estreito o quente olhar e ajeito-me ao teclado
em casta excitação. Bem sei que me ofereço...
Então, num frenesi, rabisco tudo errado
e eivada de paixão reviso-te o endereço.
 
 
 
Poeta sedutor... um mal que não se impede...
Murmuro embevecida o verso alexandrino:
“Certeza podes ter de que não fujo... pede!”
 
 
 
A tela é a minha tez... sorri do meu sorriso...
Deleto o vão pedido e aos pés do malandrino
reponho-me a escrever: “És tudo o que preciso!”
 
  
 
Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Rio de Janeiro, 15 de agosto de 2010 – 9h55
Reeditado em 23 de agosto de 2016 - 6h23
Fausto Papetti. Un homme et une femme

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