sábado, 1 de maio de 2010

Senhor! Eu sou Maria! [Soneto Alexandrino]

 
Senhor! Eu sou Maria!
 
Senhor! Maria – aqui estou! Maçã-pecado almejo!
No corpo e dentro d’alma há flamejar que ofusca
o não saber sonhar. Se não regrido à busca,
ao céu borboleteio em paz e sou desejo!
Senhor! Maria – aqui estou! Violeta e relampejo!
Meu ventre gera amor, que por nascer chamusca
a angústia em fogo e cruz. Se não me vês sou brusca
e o peito, quase um deus – refaço e em ti me vejo!
Senhor! Sou-te fervor! És verso ou rei deposto?
Em mel e vendaval, afago-te a lembrança
e entalhas estro adeus no orvalho do meu rosto!
Senhor! Retorna a mim! Já não te sou bastante?
Espero-te mulher... menina audaz de trança, 
de quatro ao teu regalo, em dor, tua flor... amante!

Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Cabo Frio, 8 de abril de 2010 – 14h45


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